A trilogia de João Tordo
Resolvi falar da Trilogia dos lugares sem nome, porque ainda que se trate de um conjunto de livros que existem perfeitamente de forma única, torna-se muito mais interessante quando os lemos aos três e estes se completam de uma forma mística.
Tal já me tinha acontecido com o Cemitério dos Livros esquecidos de Záfon e sinto-me uma pequena criança deliciada com a magia destas matrioskas. Talvez não seja grande proeza, mas acho delicioso escrever-se uma história com princípio meio e fim, que só fica completa 2 ou três livros e alguns anos depois.
O Luto de Elias Grou, O paraíso segundo Lars e o Deslumbre de Cecília Fluss. Encontraremos sempre os mesmos personagens, em corpos diferentes, como se se tratasse de um processo de reencarnação. São histórias de premissa simples, sem grandes descrições e floreados, que se focam apenas em algumas essências do ser humano. Uma leitura simples, que ao mesmo tempo, deixa em nós uma série de espaços em aberto para explorar.