Já há algum tempo que não falava sobre as minhas leituras e, fico feliz que de certa forma regresse logo com esta. Apercebi-me que este é o único autor de quem li e possuo todas as obras publicadas (que infelizmente não são tantas como gostaria), portanto, foi com muita tristeza que o vi deixar-nos este ano.

Gosto muito da forma simples como escreve e, da capacidade que tem para nos agarrar ao enredo. Fui a Barcelona, muito por conta das suas descrições. Podem encontrar aqui o que escrevi sobre O Cemitério dos Livros Esquecidos.

Acho que na essência, gosto do quanto ele próprio escreve sobre o amor aos livros.

A Cidade de Vapor é como um último bombom, em que nos são dados uma série de contos, nas quais vão surgindo personagens familiares a quem já leu a obra de Záfon. Foi como reencontrar velhos amigos, com histórias e desempenhos diferentes, mas no mesmo enquadramento romântico/gótico a que Záfon nos habitou e, sempre com a bonita Barcelona como pano de fundo. 

Tenho muita pena que não vá poder ler nada de novo deste autor, mas deixo-lhe aqui um eterno agradecimento àquilo que nos deu.