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Histórias de Livros

"Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro." Carlos Ruiz Zafón

"Os livros são espelhos: só se vê neles o que a pessoa tem dentro." Carlos Ruiz Zafón

Histórias de Livros

15
Abr21

Contra mim por Valter Hugo Mãe

Como é que um livro, que apenas é uma autobiografia relativa à infância e adolescência de um qualquer ser humano pode ser uma maravilhosa leitura?

Quando o ser humano que o escreve, tem em si o dom da palavra e de as tornar numa sinfonia para os nossos olhos. 

Gosto muito dos livros de Valter Hugo Mãe, muitas vezes nem tanto pela história que neles descreve, mas pela forma bonita como as canta em palavras. 

Neste livro, o autor leva-nos até à sua infância em Paços de Ferreira, depois em Caxinas e, mais tarde, a entrada na puberdade.

Não sendo eu rapaz, não tendo alguma vez estado em Paços de Ferreira ou Caxinas e, muito menos, nos anos que o autor descreve, deixei-me envolver por cada página e facilmente li do princípio ao fim. É que, por muitas diferenças que existam entre mim e o que VHM descreve, há detalhes na humanidade, naquilo que é o amor, a ternura, aquilo que são os medos de crescer, que são transversais a tudo o resto. 

"Não entender é também fundamental para a paixão."

21
Ago20

Eliete por Dulce Maria Cardoso

O que posso dizer sobre este livro? 

Eliete podia ser a nossa mãe, a nossa tia, a nossa vizinha. Eliete somos todos nós (desculpem, entusiasmei-me). Só que é um pouco isso, sinto que é daqueles livros em que é muito fácil rever-nos nos personagens e nas suas vidas. A crescente presença das redes sociais nas nossas vidas, a incapacidade de sabermos comunicar com as pessoas do nosso dia-a-dia, que amamos, com quem devia ser fácil; a procura por algo que cubra essa greta...

Gostei muito e é sempre ótimo quando descobrimos um autor novo. É como se abríssemos uma porta para um novo mundo de oportunidades de leitura. 

 

 

11
Mai20

Flores por Afonso Cruz

Primeiro livro que li deste autor. Tinha bastante curiosidade, porque tinha ouvido muitas opiniões positivas. Foi uma experiência estranha. De início estranhei a escrita do autor. Bonita, é verdade, mas demasiado musical para mim. 

No fim, acho que me habituei e encontrei algum sentido. Fez-me sentido e gostei. Não foi daquelas histórias que fica connosco, como me aconteceu, por exemplo, com Eliete ou A Desumanização, de outros autores, mas o suficiente para despertar curiosidade e ler mais um. 

27
Dez19

A Morgadinha dos Canaviais por Júlio Dinis

Desde de pequena que me lembro do meu pai falar n' As pupilas do senhor reitor e n'A Morgadinha dos canaviais. Sempre tive curiosidade em saber do que tratavam estas histórias, clássicos da literatura portuguesa, mas a verdade é que só aos 26 anos é que calhou finalmente ter encontro com uma das suas obras. 

Há uma grande tendência para ligarmos apenas às novidades, mas de vez em quando gosto de quebrá-la e, sabe bem ler outras palavras, temas e tempos. O que mais acho graça é que, na sua maioria, estes clássicos acabam por ter um grande cunho atual, que não deixa de ser fascinante e muito diz sobre o ser humano e a sua evolução. Não é, por isso, de estranhar o tempo que demora a conseguir mudar ideologias e tradições. 

Ainda que não seja de todo o melhor livro que li, não deixa de ser um pitoresco clássico com uma grande semelhança aos tempos modernos no que toca à política, com personagens características e engraçadas, que de certa forma me fez lembrar certos jeitos e tradições das minhas avós e foi, por isso, bastante agradável de ler. Acaba por ter o seu toque de romance básico, nunca se tornando demasiado exaustivo em descrições ou pormenores. 

 

12
Dez18

A trilogia de João Tordo

Resolvi falar da Trilogia dos lugares sem nome, porque ainda que se trate de um conjunto de livros que existem perfeitamente de forma única, torna-se muito mais interessante quando os lemos aos três e estes se completam de uma forma mística. 

Tal já me tinha acontecido com o Cemitério dos Livros esquecidos de Záfon e sinto-me uma pequena criança deliciada com a magia destas matrioskas. Talvez não seja grande proeza, mas acho delicioso escrever-se uma história com princípio meio e fim, que só fica completa 2 ou três livros e alguns anos depois. 

O Luto de Elias Grou, O paraíso segundo Lars e o Deslumbre de Cecília Fluss. Encontraremos sempre os mesmos personagens, em corpos diferentes, como se se tratasse de um processo de reencarnação. São histórias de premissa simples, sem grandes descrições e floreados, que se focam apenas em algumas essências do ser humano. Uma leitura simples, que ao mesmo tempo, deixa em nós uma série de espaços em aberto para explorar.

11
Out18

A desumanização

Valter Hugo Mãe, um nome que de início me causou estranheza, mas, e depois? Que detalhe mais tosco para dar início à conversa. A sua escrita traz algo de novo à literatura. 

Julgo que o primeiro livro deste autor com o qual me deparei foi A Máquina de Fazer Espanhóis. Foi estranho. A ausência de maiúsculas, o tipo de discurso, mas há algo de encantador naquilo que nos conta.

Neste desumanização, traz-nos uma história com a Islândia como pano de fundo. Pode-se começar por aqui e com a vontade que fica de conhecer os fiordes depois de lermos este livro. Apresenta-nos a ideia da perda de alguém que contribui para aquilo que somos, a forma como alguém lida com isso e os que o rodeiam. Como a visão do mundo altera. Conta uma história que provavelmente é a de tantas meninas, que perdidas por aí encontram refúgio em algo que nem se lhes parecia bem antes de sofrerem uma transformação. Às vezes, não percebemos como alguém é capaz de fazer certas coisas, chegar onde chega, cair tão fundo... e Valter Hugo Mãe, retrata esse pormenor com enorme capacidade. 

A escrita de VHM é sem dúvida especial, diferente, mas a emoção com que preenche as palavras torna-a apetecível, sem se tornar exaustivo nos pormenores e sem se perder em descrições. 

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