Mil sóis resplandecentes por Khaled Hosseini
Andei a ler este menino. Adoro quando me surgem assim títulos, por acaso, e depois adoro.
Tive curiosidade em seguir uma história sobre o Afeganistão, pois o meu conhecimento sobre esta cultura cinge-se muito ao que vi nas notícias ao longo da minha vida e, maioritariamente não é bonito de ver... Então quando ouvi falar de um livro sobre uma parte da história do Afeganistão e, ainda mais interessante, de duas mulheres afegãs, fiquei bastante curiosa. Já estraguei o suspense, portanto escusado será dizer que para mim valeu bastante.
Quando vejo estas pessoas nas notícias, a falar uma língua diferente, normalmente as mulheres cobertas, algumas só com os olhos a aparecer e tantas vezes (demasiadas) cobertos de pó e sangue, cria-se um distanciamento entre a realidade deles e a minha. Ler uma história que de certeza será a de tantas mulheres que passaram e passam por situações semelhantes às desta Layla e Mariam, talvez por estar em português, talvez por mostrar detalhes que são comuns a qualquer ser humano, a qualquer mulher, aproxima-nos. Ri-me com elas, senti medo e ansiedade com elas.
Sei lá se o livro merece um Nobel ou qualquer outro prémio, se está bem escrito. Sei que me levou para um mundo bem diferente do meu, que me fez querer saber o que se seguia e ficar com esta história na cabeça.
Mil sóis resplandecentes...alguém disse que o sol quando nasce é para todos, pelo menos deveria ser.